terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Boas entradas!


Animação, pessoal...

Um feliz ano novo; super pra cima.

São os votos do Pica.

Pau.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Ele.


Curinga (português brasileiro) ou joker (português europeu) , também conhecido como coringa ou melé em algumas regiões, é a carta do baralho que, em certos jogos, muda de valor conforme a combinação de cartas que o jogador tem em mãos.
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Wiki: "O Coringa se considera um grande humorista, e usa armas inspiradas em comédia. Estas incluem uma luva com dispositivo eléctrico (que dá um choque letal), tortas de cianeto e uma flor que espirra ácido. Sua marca registada é o "gás do riso", um veneno que leva a vítima a morrer de tanto rir enrijecendo seus músculos e deixando-as com um sorriso no rosto, ao qual o Coringa é imune.
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Geralmente frágil, nocauteado com um soco, o Coringa, por mais de uma vez, demonstrou a força anormal dos loucos. Neste estado de insanidade, é um combatente hábil, capaz de segurar uma briga contra Batman, e algumas vezes subjugar-lo. O Coringa é inteligente, armando esquemas elaborados e possuindo conhecimentos avançados de química, genética e engenharia.
Sempre com sarcasmos a flor da pele, constroem situações nos quais as vitimas passam a acreditar que elas mesmas tem um percentual de culpa por alguma catástrofe, provocada, claro, pelo Coringa.
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O Coringa também conseguiu sobreviver a inúmeras situações mortais, tendo sido atirado de precipícios, electrocutado, pego em explosões e baleado diversas vezes e sempre voltando.
A lista de atribuições de Coringa é considerada "invejável". Se trata de um sádico, louco, psicopata, psicótico, maníaco e homicida. Porém, acima de tudo, um gênio! Ele tem um elevado conhecimento químico, de engenharia, explosivos e talvez mesmo de psicologia.
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Não se sabe exactamente de qual tipo, mais Coringa tem um certo conhecimento de artes marciais. Ele tem uma estrutura corporal superior, sendo mais flexível, resistente e forte. O que faz o Coringa ser um tanto invejado por Batman, é algo que nenhum outro vilão seu faz, que é sorrir diante de um fracasso ou de uma derrota; e isto é algo que Batman nunca consegue compreender realmente, causando também uma certa obsessão pelo vilão.
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Certa vez, o Coringa tentou espalhar o gás do riso com um dirigível, dizia ele: "Eu vou por um sorriso na cara da sociedade!". Seus planos foram impedidos pelo Batman, que fez o dirigível cair no rio Gotham. O Coringa voltou a sua camisa-de-força para Arkham.
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A mente de Coringa é algo tão complexo quanto se pode imaginar. Ele nunca é capturado definitivamente, e sua personalidade e suas maneiras de proceder, que são únicos, diante de uma situação são que fazem dele um vilão que tem mais fãs do que muitos super-heróis."
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http://br.geocities.com/romancepbm/1414972498_ee568bdea5_o.jpg
Clique aqui, é genial. Uma página onde o Coringa faz um monólogo.
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"A Piada Mortal
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Uma possível origem do Palhaço do Crime foi contada na Graphic novel intitulada Batman: A Piada Mortal, de 1988. Escrita por Alan Moore e desenhada por Brian Bolland, é considerada uma das melhores histórias de super-heróis já escritas. Nela acompanhamos a origem do personagem sendo contada através de flashbacks. Após fugir do Asilo Arkham, o Coringa decide provar ao Batman que basta apenas um momento de intensa pressão psicológica para que um indivíduo escolha a loucura como meio de subjugar uma realidade de intenso sofrimento. Para isso o Coringa e seus comparsas invadem a casa do Comissário James Gordon, para sequestrar-lo. Além disso o Coringa dá um tiro na barriga da filha do Comissário, Barbara Gordon, a Batgirl, deixando-a incapacitada, em seguida ele a violenta sexualmente (sugerido pelos autores) registando tudo em fotos.
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Posteriormente o Coringa leva o Comissário a um parque de diversões macabro e o coloca numa montanha-russa que circula em meio a projeções de fotos de sua filha sendo violentada. Com isso ele tenta provar sua tese, deixando Gordon louco. Após intervenção do Batman, salvando Gordon e prendendo o Coringa, sua tese não é concluída objectivamente, pois Gordon não enlouqueceu, apesar de toda a pressão a que fora submetido. Isso levanta a questão: Por que será que alguns escolhem a loucura como subterfúgio de uma realidade massacrante (como o Coringa e o próprio Batman), e outros não? O final da inquietante Graphic Novell, se dá com uma piada contada por Coringa ao Batman. "Dois Loucos fugiram do asilo, mas teriam que atravessar um precipício para finalmente conseguirem escapar, nisso um fala para o outro: -Vamos lá, eu acendo a lanterna e você atravessa por cima do feixe de luz. E o outro responde: - Você acha que eu sou louco??? Vai que você apaga a lanterna e eu caio lá embaixo!" Batman e Coringa gargalham juntos e se abraçam."
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"In Batman: The Killing Joke, the Joker shoots Barbara Gordon (then known as Batgirl and in later comics as Oracle), rendering her a paraplegic. He then kidnaps Commissioner Gordon and taunts him with enlarged photographs of his wounded daughter being undressed, in an attempt to prove that any normal man can go insane after having "one really bad day." The Joker ridicules him as an example of "the average man," a naïve weakling doomed to insanity. The Joker fails in his attempts to drive Gordon insane, because Batman saves the commissioner. Although traumatized, Gordon retains his sanity and moral code, urging Batman to apprehend the Joker "by the book" in order to "show him that our way works." After a brief struggle, Batman tries one final time to reach the Joker, offering to rehabilitate him. The Joker hesitates and considers the idea, but ultimately refuses, saying it's too late for him and that he's too far gone, but shows his appreciation by sharing a joke with Batman (at which Batman actually laughs) and allowing himself to be taken back to Arkham.[21]
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The Joker murders Jason Todd, the second Robin, in the story A Death in the Family. Jason discovers that a woman who may be his birth mother is being blackmailed by the Joker. She betrays her son to keep from having her medical supply thefts exposed, leading to Jason's brutal beating by the Joker with a crowbar. The Joker locks Jason and his mother in the warehouse where the assault took place and blows it up just as Batman arrives. Readers could vote on whether they wanted Jason Todd to survive the blast. They voted for him to die, hence Batman finds Jason's lifeless body. Jason's death has haunted Batman ever since and has intensified his obsession with his archenemy.[12]"
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Comentário: O Coringa se destaca como arqui -rival do Batman não apenas por ter matado mais de 2.000 pessoas desde sua primeira aparição, mas também porque sua obssessão pelo vigilante mascarado é sua grande motivação para cometer os crimes. O Coringa não quer dinheiro, conforto ou fama. Ele não quer tudo quanto desejam a maioria dos vilões. O Coringa quer "ver o circo pegar fogo".
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O vilão não tem passado, sua origem nunca foi confirmada. As digitais não possuem registro e não há nada sobre sua infância. Ternos sem etiqueta, nenhuma casa ou antecedente. Ninguém sabe seu verdadeiro nome. Justamente por isso: O Coringa não possui uma identidade secreta. Ele não é Bruce Wayne, o alter-ego almofadinha de Batman. Ele só tem uma identidade. Terrorista demoníaco; assassino; aberração. Louco.
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Não se admite louco porque possui uma lógica própria que dá sentido a suas ações e assim se parece muito mais com um fanático do que com alguém insano realmente. Por trás do palhaço há uma defesa ideológica de um senso novo de liberdade perversa, o caos. O Coringa é um fanático agente do caos. Parece com algum tipo de religião pra ele.
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O Coringa é como um dos cavaleiros do apocalipse, um cruzado do caos. Sua mensagem é seu grande fardo. Ele age como um messias, explodindo gente, envenenando, desiludindo e ferindo para alcançar o ponto onde as pessoas quebram. O grande cinismo do Coringa é que sua pintura de guerra é a de um palhacinho.
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"En el cómic Batman: Arkham Asylum, de Grant Morrison y Dave McKean, se explica, en cierto modo, cómo funciona la mente del Joker: Está más allá de cualquier tratamiento psiquiátrico. Es un superdotado con un enorme potencial intelectual. Su cerebro recibe demasiados impulsos y no puede parar de recibir información. Es decir, es demasiado consciente del mundo que le rodea. Esta "superconsciencia" hace que su única forma de protegerse sea reinventarse cada día. Por eso un día es un bufón, otro día un psicópata. Su retorcido sentido del humor, su lógica oblicua y sus bromas de doble sentido completan ese cuadro mental que se centra, única y exclusivamente, en Batman. El joker, según esta obra, opina que Batman es también un demente y que debería estar con él en el hospital psiquiátrico Arkham. Es cierto que en muchas obras se ha especulado acerca de la fina línea que Batman no cesa de cruzar y que separa la razón de la locura."
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Vê-se na posição de um vanguardista. Crê que tudo é caos, que no fim cada um luta para salvar a própria pele e, portanto, crê que o amor só existe através da admiração de sua própria experiência individual. Ele é um vanguardista do amor próprio. O Coringa ameaça ter uma beleza como personagem mas logo cai na desesperança e na feiúra de um egocentrismo profundo.
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O Coringa existe pela única razão de atormentar e corromper Batman. É o arquétipo da contraposição do herói, e abraça essa natureza de forma pacífica. Ele compreende muito melhor sua missão do que o próprio Batman, que vive em conflitos.
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Batman e Coringa são representações antigas, enculcadas em cada um de nós. Nossos ancestrais contavam histórias em volta de fogueiras. Hoje em dia os velhos não fazem mais isso e os jovens não estão mais interessados, a televisão é quem narra os poemas épicos. Mas o que guardam em comum essas narrativas do herói e do vilão desde sempre? Que tipo de identidades temos com elas?
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Para mim Batman e Coringa representam lados opostos em nós mesmos. Batman chama pelo dever para com os outros, para nossas tormentas morais internas, para nossa capacidade de sacrifício. Batman nos conclama a irmos na direção daquilo que há de mais épico em cada um de nós. E olha que eu não vou com a cara dele.
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O Coringa por sua vez é o que temos de louco, egoísta e libertador. Há um curinga em cada baralho, a carta do acaso. E há um Coringa em cada um de nós, um relance, um lapso, uma atitude. Se você procurar entender o Coringa dessa forma você possivelmente vai sacar porque ele gosta de explodir coisas. Ele não tem conflitos porque cria sua própria realidade e lhe basta que faça sentido para si próprio. Vê batman e a si próprio como iluminados, aberrações para a sociedade por estarem acima do homem comum.
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Batman e Coringa são tão complementares que disputam moralmente uma alma. O resultado é a síntese de seu conflito, uma expressão física do antagonismo entre herói e vilão. É por isso que o Duas-Caras sempre foi um vilão menor: ele é o filho da disputa de dois algozes maiores.
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Duas Caras:
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Wiki: Duas-Caras um dia foi Harvey Dent, promotor de Gotham City e aliado próximo de Batman. Após ter sua face criminosamente desfigurada com ácido, Dent tornou-se o insano chefe do crime Duas-Caras que escolhe entre o bem e o mal dependendo dos resultados do lançamento de uma moeda — um artifício usado na versão de 1932 do filme Scarface.
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Originalmente, ele era um dos vários vilões baseados em artifícios, aplicando crimes baseados em torno do número 2, como roubar o Segundo Banco Nacional de Gotham as 2 horas do dia 2 de fevereiro. Nos anos recentes, escritores descreveram essa obsessão pela dualidade e sua tendência ao crime como resultado de de uma disordem de multipla personalidade e uma história de abuso infantil. Ele obsessivamente faz todas decisões importantes lançando uma moeda com duas caras, uma totalmente deformada.
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Em outra história contava o seguinte, o Coringa foi preso e acusado pelo promotor Harvey Dent. Os dois estavam conversando na sala de interrogatório, o Coringa falou: "Um dia, Harvey, você ainda vai mostrar seu lado criminoso!". Na noite seguinte, o Coringa escapou e fugiu para as fábricas de químicas das Indústrias Wayne, Harvey e Batman perseguiam-no lá dentro. De repente, o Coringa atira em um barril de gasolina, a explosão do barril atinge metade da face de Harvey, deixando com o rosto desfigurado.
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Sobre Duas-Caras não há muito que seja importante além da curiosidade de que ele representa a paralisação diante do conflito. Tudo se decide na sorte, inclusive suas próprias ações. Entre a loucura e a sanidade; entre o bem e o mal; entre Batman e Coringa há o Duas-caras; o acaso, a circunstância.
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Entre você e um defunto, para o Duas-Caras há apenas sorte. Ele não pretende mais controlar seu próprio destino, mas joga cara ou coroa para decidir suas próprias atitudes. Sem dúvida ainda mais insano que o Coringa, mesmo que não tenha tanto a nos dizer. O Duas-caras é metade Batman e metade Coringa e é por isso que vê-lo é tão insuportável. Ele representa a não solução de nossos conflitos, quando não conseguimos nos decidir qual dos dois ser.
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De repente isso não te lembrou "O retrato de Dorian Gray"?
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É Batman quem se olha.
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Concluo meu discurso sobre super heróis com um quadro de família perfeito. Foi essa imagem que me fez comerçar a falar nisso tudo, lá atrás.
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Mesmo que sempre me seja tentador colocar imagens onde o vilão leva a melhor e que na maioria das vezes eu realmente torça por esse final, que também seria bonito...
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...no caso do Coringa, mais especialmente que em todo o resto...
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...o vilão nunca pode vencer.
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Ou o chato do Batman perderia o sentido, não é mesmo?
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O Coringa vive para lutar outro dia.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Feliz Natal.

Ops...quase esqueci...
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Feliz Natal.
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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O melhor amigo da mulher.

O percentual de mulheres que possuem alguma tara obscura envolvendo cães é simplesmente surpreendente. Me impressiona que tantas vezes eu tenha ouvido isso como um grande segredo da sexualidade dessa ou daquela mulher.

É evidente que não existe nenhum generalismo. É só uma impressão.

A quantidade de mulheres que morrem de vergonha disso é tão grande quanto a quantidade das que fantasiaram ou experimentaram alguma vez.
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Apesar de não praticar e não ser um adepto, me parece estranho que realizando práticas como Dog Play possamos ao mesmo tempo tratar zoofilia com vergonha. Não devia ser um tabu.

domingo, 21 de dezembro de 2008

O Patriarcalismo é uma fraude.

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A tal era de aquário é esse tempo onde amaldiçoaremos esses homens que dominaram pela espada. E isso não será hipócrita, conforme nos acusam.
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A nossa guerra não. Ela é espiritual. Podemos condená-los como bestas selvagens.
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Usaremos seus símbolos com orgulho, mas somos realmente uma "classe muito mais elevada de malfeitores".
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Nós somos servidos voluntariamente daquilo que vocês pretendiam tomar pela força...
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Da Barbárie...

...à Civilização."

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Hera Venenosa.


Super-vilãs; post 2;

A Hera venenosa é a melhor amiga da Arlequina. Resolvi fazer um post em homenagem a ela, se me permitem uma certa fuga temática calculada. Ela é ruiva, linda, mimada e seus lábios são venenosos. Uma vingadora que alega matar "apenas os que merecem morrer". O que a torna interessante é que seus valores absolutos justificam suas ações para si própria. Ela também é conhecida como a "princesa de maio" e lança feromônios pelo ar como forma de hipnotizar homens que poderiam lhe fazer algum mal.
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Curiosamente essa vilã de Batman também parece ter relações com o BDSM. Pra começar, ela foi inspirada em Bettie Page. Hera sente-se poderosamente atraída por homens que abusam de sua boa vontade embora ela negue ser traumatizada. Ela se torna uma vilã implacável depois de ter sido traída em suas expectativas pelo homem que amava. Ele tentou matá-la.
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Sua parceria com a Arlequina é um dos mais estranhos encontros dos quadrinhos, Hera parece sempre muito crítica a todas as supostas liberalidades e descompromissos da Arlequina. Sisuda e séria em um momento, generosa e paciente com a amiga em outros. A convivência entre as duas é tensa, competitiva e deliciosamente divertida. Nos quadrinhos tudo é possível, tenhamos liberdade poética.
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Ela pode controlar plantas e acelerar ou desacelerar o crescimento das mesmas. É também virtualmente imune a qualquer coisa que os humanos possam considerar letal, incluindo bactérias, vírus, fungos e todos os formulários de venenos. Hera é especialista em plantas e nos venenos derivados delas. Além disso, tem o poder de expelir feromônios do amor e lábios venenosos.


. http://www.azundris.com : (...) Ivy can seem complex and ambivalent, or the simplest creature in the world, depending on one's frame of reference. By human standards, she is a ruthless killer ("of the second order," she might add, "I kill only killers"), a worldly-wise seductress, and a painfully naive child, all at the same time. This may also be the reason why she stopped thinking of herself in human terms — they just don't seem to form a coherent frame of reference... after her personal vendetta of seducing and ultimately betraying and hurting men just as she was seduced and hurt, Ivy finally moved on to deeper meaning. By denying all that is human inside her, she was able to negate the part of her she perceives as weak, as vulnerable, naive. The part of her that was betrayed, hurt, and abused. The new part that had risen from the ashes of her former self like the phoenix of yore was something else. Beautiful, enticing and lethal, it was predator rather than prey, the shape of revenge — revenge for her former, weaker self as well as her more stationary brethren. (...)
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(...) Pamela Isley grew up isolated. With her wealthy parents inattentive at best, she had but plants for company of which she cultivated many, vegetables and flowers alike. Time came, and she went to college — to study botany, naturally — and fell in love.
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The object of her desire was her professor, Jason Woodrue, who would later become the Floronic Man. Much more intuitive with plants than with people, the romantic Pamela began to trust him — enough at last for her to volunteer as a test subject for his experiments. They were a terrible success — the toxins Woodrue injected into her bloodstream fused with the student's cells, giving her a resistance to poisons — after nearly killing her first. However, they also made her skin poisonous to touch. Even if she were to trust again, she would never again caress nor be caressed.
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The massive changes in her body left Pamela in hospital for six months after the experiment. She came back emotionally volatile — one moment sweet, the next destructive —, but also irresistable. She quit school soon after, after her boyfriend totalled his car after a fight.
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She changed her name to Poison Ivy — like the plant, she was dangerous to touch — and came to Gotham to start a new life where she would be the ruthless one. She would no longer be on the receiving end of betrayal. She had tried to play nice; they had violated her. Now, she would get even, with interest. She would beat them at their own game. (...)


. (...) Ivy's skin is sometimes toxic. And then sometimes, it isn't. Sometimes, she touches people with no noticeable effects at all, sometimes she produces an effect of her choice, and then in A walk in the park, she inadvertantly poisons one of her loved ones. (...)
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(...) Given the blatant imagery of dominance and submission we are treated to, an attraction to "abusive men" even before she becomes Poison Ivy and a pervasive preoccupation with control (not to mention the fact that the character is based on BDSM-model Bettie Page), it is anybody's guess whether that intimacy takes the (oft ritualised) form of BDSM, but in the BatVerse, it's certainly possible. (...)
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Comentário: As amizades surgem tão desprositadamente quanto os ódios. De fato, Hera e Arlequina tinham tudo para se odiar. Só nos quadrinhos mesmo.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Atitude.

O importante é estar pronto para, a qualquer momento, sacrificar o que somos pelo que podemos vir a ser.
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Deixem-me dizer-vos neste momento que não fazer nada é a coisa mais difícil do mundo, a mais difícil e a mais intelectual.
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Frases de sábios, não são minhas. A mim resta tomar alguma atitude.
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Se formos mudar as coisas de modo como devem ser mudadas, teremos de fazer coisas que não gostaríamos de fazer.
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Em que pese doer;
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Atitude.
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Frente a perigo de morte, salve sua alma. Salve sua história. Não se acovarde.
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Dói arrancar anéis e dedos juntos. A coisa mais bela e terrível deste mundo é quando nossa honra é posta a prova. É preciso vigiar nossa honra de perto e saber os momentos cruciais onde ela é testada.
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Quando eu caí eu sofri muitíssimo. Não acontecerá duas vezes.
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Posto que para sermos servidos temos que ser dignos, eu me calo diante de julgamentos e me liberto de ser réu. Para sempre.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Quem tem boca vai a Roma.

Sexo oral e troca de poder.

Sabemos o quanto os Romanos nos influenciaram culturalmente até hoje. Nosso direito segue premissas construídas no antigo Império. Nossa língua é latina. Nosso próprio modelo de estado nacional se apropria de formulações greco-romanas. O transporte público, os estádios, a propagação do cristianismo e uma fatia gorda de nossa filosofia e de nossas artes vieram de lá.
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Não significa que observando a cidade eterna de antigamente possamos explicar a nós mesmos, exatamente. São apenas influências culturais. Apenas?
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Se há uma história militar, uma história da moda, uma história da arte; vejamos o que nos diz a história da sexualidade a respeito do sexo oral em Roma.
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Como em outros campos de atividades humanas, tenho certeza de que a influência de Roma em relação a nossa sexualidade foi mínima. Ridiculamente crucial, provavelmente.
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Separei alguns fragmentos de textos interessantes. Me permitam algumas ilustrações pornográficas para ilustrar o que digo, preste atenção aos símbolos de poder nessas imagens. Finja que eu não gosto de colocá-las aqui e que é um mero instrumento didático. Ou pode me acusar de descer ao nível da mera putaria se preferir. Também é verdade.

"The History of Fellatio"
By Annie Auguste

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(...) "Ancient Rome was a society of soldiers, of machos and rapists, and their perception of fellatio was interesting. The practice of fellatio in ancient Rome was perceived in terms of active and passive: The active one was in fact the person getting fellatio. In this case we're talking about the soldier, the virile male. The passive one -- usually a woman or a slave -- was the one giving fellatio or, to understand it more clearly, the one receiving the penis.
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Today, of course, it's the other way around. We perceive the one who's giving fellatio as the active one and the one receiving it as the passive one. But in Rome to give fellatio was a passive act, a submissive act. For example -- and this is very clear in Roman texts -- to punish a person who stole potatoes from his field, a Roman might oblige the person to give him fellatio. He might stand up, drop his pants and say, "Now you're going to kneel down and take it in your mouth." The one who was required to give fellatio was the passive one, the one who went against the valor of virility. The Roman perception is interesting.
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We [again] find some aspects of the Roman idea in certain cultures that are slowing disappearing, for example, in New Guinea. There are initiation rituals for young people that involve practicing fellatio on adults and ingesting the sperm -- sperm considered, of course, a vital, precious resource. These are not homosexual communities. On the contrary, the fellatio ritual is performed to make men acquire strong, active, macho values in a society where women are totally submissive and dominated.
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The Incas were the same. There are traces on their pottery that suggest that, like New Guinea, fellatio was a practice modeled on domination and power." (...)
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Exemplos arqueológicos?
Grafites em muros.
O que encontramos nas pixações de cidades do império Romano?
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Publicado em: Aspectos da cultura popular antiga: apresentação, tradução e discussão de alguns grafites pompeianos, Estudos de História (UNESP-Franca), 4, 2, 143-150 (publicado em 1999).
PEDRO PAULO A. FUNARI (UNICAMP)

1253 - IVSTVS LIIMNIO FIILATOREA
SAL

Tradução: Justo saúda ao felador Lêmnio.

Comentário: As inscrições do Vico della Fullonica apresentam diversos casos de referências sexuais (inscrições 1251 a 1264, cf). Fellator (aqui escrito com um só l) podia ser uma agressão verbal mais ou menos forte.

1284 - SIICVND
FIILLAT
Tradução: Segundo fela.

Comentário: O uso de fello (felar, fazer sexo oral com um homem) é muito comum em Pompéia (fellare, fellator, fellatrix somam 76 citações parietais). Usado para referir-se a um homem, como neste caso, é normalmente interpretado como um insulto.

1529 - IR IRRVMATOR
Tradução: Faço sexo oral. (apógrafo)

Comentário: A tradução não dá conta do sentido da expressão no original. O verbo irrumare, obsceno, significava "penetrar a boca", do ponto de vista do agente, por oposição a fellare, com o mesmo sentido mas do ponto de vista passivo (mentulam in os inserere). Portanto, irrumator refere-se ao homem que se vangloria de penetrar a boca de alguém, de maneira semelhante aos epítetos fututor e binetas ("possuidor"). A palavra deriva de ruma "teta" e o sentido original seria "por a teta dentro de algo".

E por fim, um trecho de um texto que é qualquer coisa próxima de uma revista boba dessas de dicas femininas. Eu achei interessante porque a articulista constrói uma interessante explicação falocêntrica para gostarmos tanto de sexo oral. Uma explicação afetiva, quase daquelas "de mulher pra mulher".

Nunca pensei que alguém que escreve nesse tipo de site ou revista pudesse ser sensato. É sempre bom demolir preconceitos nossos. Parece que ela entendeu alguma coisa importante e que sabe entregar a informação de maneira bem mais suave do que eu, mesmo que nossa atração não seja tão simples quanto ela pretende explicar. De qualquer forma, somada à imposição de poder, faz muito sentido. Lá vai:

Why Do Men Love it So Much?

By Lisa S. Lawless, Ph.D., C.E.O

(...) "Most men love oral sex performed on them for a few reasons. It of course feels really good, especially when it is done well. It makes them feel desired and of course it lets them know that you really appreciate their penis and them.

I think too often men are made to feel ridiculous for focusing so much attention on their penis whether it be size or it getting attention. I think what women forget is that we focus on things that could be perceived as being ridiculous too. Think about how much most women obsess about how big their butt looks in a certain dress or if the bra with underwire makes their breasts look good so that we can get that compliment when we walk out to go to a party. Underneath it all we all have the same need... to be appreciated." (...)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Pleonasmo.

O que quis dizer com tudo aí embaixo é que todo homem que entendeu a dimensão de sua própria morte viverá abençoado pelas ninfas e descansará entre heróis.

Todo homem que se acovarda diante da idéia de que um dia vai morrer é seu próprio judas.

O tempo que nos é dado é o único para ousarmos.

Decida ser Rei.

É um conselho sem fins lucrativos, a única coisa que ganho é mais competição, acredite.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pós-modernidade e domesticação do masculino.

Pós-modernidade. Desconstrução das identidades. Fluidez. Vivemos em um tempo vazio de alma, uma sociedade de consumo com valores pasteurizados. A opinião pública é ditada por William Bonner às oito para que nos tornemos gado. Nós reproduzimos valores irrefletidos aos nossos pequeninos. Eles serão os moralistas de amanhã, um exército de homens e mulheres iguais no sentido mais pobre. Supostamente livres e cópias fiéis uns dos outros.

Como pode haver liberdade sem rompimento? Toda mudança é trair uma antiga tradição. Nesse sentido muitos traidores são na verdade heróis que trazem atrás de si um novo tempo. E outros são meros infiéis mesmo. Jesus era um traidor de sua própria tradição religiosa, para estabelecer uma nova ordem e o amamos por isto. Judas era um traidor daquilo que prometeu a si mesmo ser e nós até hoje fazemos bonecos com seu nome para atear fogo.

A única traição maldita é a que torna hipócrita o teu próprio coração diante de si mesmo e diante dos outros, provavelmente.

É doença amar alguém mais que a si próprio. É errado amar alguém que esteja no erro. Não há mais clãs, nem lealdades de fogo, nem necessidade disso. Reagir ou vingar-se são atitudes condenáveis. Toda rebeldia é errada. Eu aprendi isso tudo na escola e na novela. Castre-se a si mesmo e trate seu chefe por Senhor. Internalize suas contradições, plante uma árvore, escreva um livro, tenha um filho. Morra.
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Há alguma coisa dentro de nós que ainda grita? Há algum elo com nosso instinto que sirva como caminho para fora de uma postura que pretende pasteurizar a identidade masculina junto com todas as outras? Os homens devem ser pacíficos, metrossexuais que nunca desencadeiam confusão ou caos como nossos ancestrais. Se possível faça as unhas, uma plástica e uma maquiagem leve para esconder as olheiras. Não exagere pra ninguém perceber; parecer gay ainda é um tabu, mas estão trabalhando nisso. Não use expressões fortes, não fale palavrão, não fique de pau duro por causa daquela sua prima gostosa, não desafie a ordem vigente. Sinta-se culpado porque teus filhos passam necessidade, mas não roube. Pausa.

Se a prole de alguém passa necessidade ele devia mandar o sistema judiciário se foder, mesmo. Quem deveria escolher o que é certo em detrimento do amor? E claro, o sujeito duraria pouco pra contar a história. Deve ser por isso que grandes atos de amor são sempre acompanhados de tragédias.

Não defendo que ninguém cometa crimes e o texto nem é sobre isso, meu ponto é que nos amansaram a ponto de que somos incapazes de grandes atos apaixonados e nos fechamos com medo de que nossos destinos sejam trágicos. Medo de sofrer, de sangrar, de morrer. Mesmo que saibamos que vamos morrer de qualquer forma. O medo fode nosso amor e nossa entrega pelas coisas.

Onde estão os mais corajosos meninos pobres das favelas? Nossa sociedade doente coloca um interessante dilema na frente de um moleque do tráfico. Viver na pobreza a única vida que ele tem, trabalhar 10 horas por dia para ganhar um salário que o envergonha diante de sua prole, até ficar velho e doente na fila de algum hospital que não tem remédios ou tomar armas, mesmo que o tráfico seja uma merda. A escolha está diante dele para ser feita.

O papel dele está claro: viverá poucos anos, exibirá um fuzil na comunidade para mostrar que é um guerreiro e os pais da classe média vão se desesperar enquanto suas filhinhas branquinhas vão compor voluntariamente o harém de putinhas desse negro pobre. Elas sobem o morro porque são viciadas, nos explicará o Datena. O Datena zomba da sua inteligência.

Elas sobem por outras razões. Não sei eu mesmo explicar, mas a resposta do senso comum não me serve.
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O cara lida com armas e vai morrer violentamente cedo. Ele pode ser preso, mas o provável é que seja morto. O barraco pode ser invadido enquanto ela está lá e possivelmente ela mesma morreria junto. Seria muito mais seguro ficar com o Papai e comprar drogas pelo telefone.

Mas o paradoxo é que, estando imersa nos maiores perigos, aquele ser, aquela fêmea, sente-se segura ao lado dele. Patricinhas da Zona sul que viram fiéis putas de traficantes são um fenômeno comum no Rio de Janeiro. Elas preferem o Zé Pequeno ao Felipe Dylon. É divertido ver a classe média se contorcendo com esse tipo de fenômeno.

Você realmente já ouviu funk? Todo mundo já escutou funk, mas eu estou falando de ouvir. Poder sexual e violência. Não tem como a patricinha em questão não ficar com a bocetinha molhada. Devem haver muitos elementos que expliquem essa onda das jovens de classe média em direção ao morro, mas que elas morrem de tesão eu não tenho dúvida.

No meio da sua pregação legalista e conservadora talvez o Datena pudesse nos explicar se realmente não existe um paralelo entre um proibidão e os contos de heróis de antigamente, onde um guerreiro desempenhava qualquer ato de força e coragem onde se arrisca fisicamente e tem uma mulher como prêmio. Códigos de poder sexual repassados em histórias infantis. É só ver as letras de funk.
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A preservação da identidade masculina em extinção é uma tarefa sagrada. Belíssima. Nós somos monges de um tempo que se foi. Mas ainda aparecem espasmos de difícil explicação sociológica, volta e meia.

Como a honra não é mais um valor cultivado para repassarmos a nossos pequeninos, Aquiles possivelmente está carregando um fuzil em algum morro carioca nesse exato momento, enquanto o Datena faz as unhas e engorda. Não é muito justo.

Mesmo assim gostaria de homenagear o conservadorismo do Datena com algumas fotos da filha dele, a modelo Letícia Wiermann. Parabéns, papai!


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Honra hardcore.

Catplay:
" Porque é muito melhor ser acusado de gostar de uma prática leve do que perder isso."


ps: Não se desespere, a modelo é maior de idade. É que hoje eu acordei softcore pra caramba, sabe como é.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Catplay.

Catplay: Porque a beleza vence no BDSM, de vez em quando.

Afinal;

Nem todo mundo que te chama de "gata" tem que ser desprezível.

Quem não tem cão caça com gato. E quem tem sub pode escolher o tipo de caçada de acordo com o humor do dia.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Conselhos a uma submissa.

Dicas para chegar ao bottom do poço.

Não desobedeça ordens, mesmo que elas apresentem alguma lacuna. Descubra sempre o que seu Top quer de você com a ordem e atenda, mesmo que você tenha que fazer adaptações. Observe o espírito geral dos comandos e seja criativa. Você não é um robô. Isso fará com que ele compreenda que suas ordens são obedecidas com seu coração.

Não se torne enfadonha para seu Dono. Perceba do que ele gosta, como gosta e invista em ser uma alegria para Ele. Se o seu mecanismo mental for submisso isso fará bem a você mesma no final. Você está buscando uma relação de entrega, dedique algum tempo à submissão voluntária.

Não tenha modos vaidosos, acostume-se a escrever e a pensar em você como puta, posse e fêmea Dele. Sem essa de manter um monte de orgulhos escondidos. Numa relação de Dominação o orgulho é como calo, dói o tempo todo. Trabalhe contra qualquer soberba para realmente servir com verdade. Não fique se protegendo atrás de preconceitos. Não seja hipócrita, você sabe em que tipo de relação está.
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Ao mesmo tempo, te é facultado ter profundo orgulho da tua submissão. Isso é belo e deve ser a tua maior vaidade. Há maneiras orgulhosas de portar uma coleira. Orgulhar-se sinceramente da própria submissão é saber que você é uma grande mulher.

Não conte segredos de seu Dom ou de sua relação a ninguém do meio. Você não pode proteger seu Top do julgamento de terceiros uma vez que tenha aberto a boca. Você só deve falar com terceiros detalhes do que acontece entre vocês se houver algum abuso ou se você se sentir em perigo. Evite fofocas. Uma puta sub não coloca seu Dono no meio de confusão. Isso não significa que você não deva dialogar sobre BDSM com terceiros, mas que você deve ter em mente a fina linha entre discutir e fofocar.

Não cobre, não aperte, não pressione. Não se torne uma chata e reclamona fora dos limites que foram estabelecidos na negociação. As pessoas colocam tudo a perder com essa mania de pretender que alguém se comprometa mais através de pressões. Deixe o nível de comprometimento aumentar conforme a relação fica boa. Naturalmente.

Quando estiver em uma festa ou em um ambiente sm esteja sempre com sua coleira. Não interrompa ou discorde de seu Dono na frente dos outros. Não inicie contato físico com outros Tops, nem os cumprimente com beijinhos; um aperto de mãos vai servir. Ele pode corrigir sua conduta, mas não pode alterar a vergonha que você o faça passar em uma situação dessas. Se comportar mal significará a todos os presentes que seu Dono não possui ou não exerce adequadamente sua autoridade sobre você. É a honra Dele que está sendo medida por suas atitudes.
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Aprenda a ser amada. As submissas recebem grandes doses de amor e carinho, geralmente. Os códigos podem ser diferentes dos de uma relação baunilha, mas fato é que você não é uma mera boneca inflável e seu Dono não é tão insensível quanto possa parecer com um chicote na mão. Uma relação de Dominação é mais intensa em tudo: a verdade entre os dois aparece, o sexo é melhor, as pessoas se conhecem ao invés de fingir. Aprenda a ver a beleza dos pequenos gestos, senão você não vai entender nada sobre o que é essa vivência.

Dialogue francamente com seu Top. Se você não disser, talvez Ele não consiga adivinhar. Há momento adequado para tudo, inclusive para críticas e manifestações de desconforto. Cabe a você escolher a melhor forma, a maneira ideal de dizer as coisas. Em uma relação de Dominação a forma como você dá a informação a seu parceiro é tão importante quanto o conteúdo. A fórmula é: verdade sempre com arrogância zero. Entenda sua posição na hora de formular suas críticas.

Cobre de seu Dono que Ele seja coerente. Se a submissa está em constante evolução, é certo que isso também se aplica aos Dons. Sobre quais valores está fundada a Dominação Dele? É um direito seu demandar que Ele seja coerente com o que prega. Essa é uma enorme dificuldade da posição de poder. É difícil pra cacete merecer a entrega da sub o tempo todo. E aqui cabe uma digressão.

Quando uma submissa erra ou age mal ela é punida e aprende a não repetir o erro. E o que acontece com Dons verdadeiros quando Eles próprios erram? Eles se punem e são cruéis consigo mesmos, acredite. O ridículo é intolerável para a posição que tomamos para nós. Mesmo assim, todo Dono errará muito. E bons Donos se sentirão muito culpados pelos erros graves que cometem. Na minha opinião estabelecer autoridade moral verdadeira sobre uma mulher é quase como esculpir em vidro: um simples erro pode destruir tudo. É fácil imaginar o que acontece com a autoridade moral Dominadora se ela é pega em mentira grave, por exemplo.

Não há paradoxo entre ser submissa e cobrar (não como inimiga, mas como quem quer incentivar a evolução de seu parceiro) que seu Dono seja coerente. Esse nível subliminar de cobrança é como se a submissa dissesse: “Eu sou tua cadela, teu bichinho de estimação e meu corpo te pertence. Mas você tem que ser forte e me passar segurança para que eu possa me abrir completamente”. A demanda da submissa é justíssima, nesse caso. Se seu Dono é alguém corajoso e honrado, incentive essas características, por exemplo. Quando Ele não agir dessa forma, dialogue para entender suas razões e procure ajuda-lo para que Ele retome o caminho de sua própria evolução. Repare nas evoluções e mudanças de seu Top.

Cultive amor genuíno pelo Dono. Sei que isso não é um conselho comum no meio, mas eu diria que todo Top é um vampiro das emoções que são emanadas em sua direção. Não estou falando de amor romântico com jantares á luz de velas. Mas realmente creio que só há sentido na submissão se houver algum sentimento que dê liga as sensações sexuais. O amor re-significa as atitudes dentro do sexo. Amar seu Dono não é algo que atrapalha, como muita gente diz por aí. Dominação é como qualquer outra relação da vida da gente: os laços se reforçam ou se desfazem de acordo com os sentimentos de cada um. Não se trata de um jogo sexual de bater e apanhar: Dominação nos permite vivenciar experiências afetivas únicas.

Entenda a humilhação como um processo de afirmação da autoridade de seu Dono sobre você. Descubra seu tesão nisto. Não se trata de agressão contra sua auto-estima. Ficar babando de quatro com um gag na boca enquanto apanha na bunda significa muito mais o poder Dele sobre sua cadela do que um motivo para você ficar grilada e correr pra um analista. Procure trabalhar eroticamente suas sensações. Se você está nas mãos de um bom Dono, você vai entender que a humilhação te torna mais Dele e muito mais bonita.

Leia sobre Dominação e discuta com seu Top. Isso pode enriquecer a experiência dos dois. Acredite, há muita coisa a ser aprendida sempre. Não se acomode com o que você já sabe.

Conheça seu Dono o melhor possível. Conheça o prazer de seu Dono mais que Ele mesmo. Dominação é um processo erótico a partir do qual se vivenciam grandes experiências afetivas. Sexo está no centro da sua relação. Que submissa poderia pretender ser amada no exercício de sua função sem compreender os detalhes da sexualidade de seu Top? O seu prazer certamente será maior se perceber que sua submissão atende os desejos Dele. Aprenda sempre sobre Ele e sobre como é bom vê-lo satisfeito. Tenha orgulho submisso em ser uma boa puta para quem merece que você seja.

Não minta, não enrole, não traia a negociação. Isso é fatal.

Seja honesta com seus limites e não confunda seu amor com sua submissão. Não force seus limites em nome de seu amor ou com a intenção de agradar e fortalecer seu vínculo. Quando estiver preparada para uma prática, esteja preparada dentro de si mesma e por você mesma. Há muita diferença entre uma mulher apaixonada que topa tudo para continuar próxima e uma submissa de verdade. Nós não somos idiotas e percebemos se você está se forçando em nome de seu amor.

Perdoe a si própria e perdoe seu Top. Erros vão sempre acontecer e muitas vezes eles serão graves. Seja generosa.

Confie na condução de seu Dono. Ele provavelmente terá o bom senso de conhecer suas necessidades e limites antes de intensificar qualquer coisa. Não tenha medo de apanhar muito ou fique apressada em apanhar mais. Deixe que Ele conheça seu corpo e seus limites com o tempo. O encaixe é natural. Provavelmente o Top vai cuidar de você direitinho e tudo vai ser sempre mais lento do que você gostaria, até. É uma obrigação Dele zelar para que você não tenha uma experiência física ou emocional mais forte do que esteja apta a suportar. Se o cara exagera, pule fora da relação. Bons Dons são zelosos de suas peças e geralmente tem comportamento gradual e responsável.

Obedeça com alma e coração; se antecipe. É mentira dizer que submissão é passividade. Alguém espalhou esse boato idiota e muita gente acredita. As maiores submissas são grandes conselheiras e verdadeiras Valquírias na defesa da Casa de seu Senhor. E é assim que uma mulher pode, através da sua fragilidade, tornar-se o tesouro mais precioso para um homem forte.