sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Ele.


Curinga (português brasileiro) ou joker (português europeu) , também conhecido como coringa ou melé em algumas regiões, é a carta do baralho que, em certos jogos, muda de valor conforme a combinação de cartas que o jogador tem em mãos.
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Wiki: "O Coringa se considera um grande humorista, e usa armas inspiradas em comédia. Estas incluem uma luva com dispositivo eléctrico (que dá um choque letal), tortas de cianeto e uma flor que espirra ácido. Sua marca registada é o "gás do riso", um veneno que leva a vítima a morrer de tanto rir enrijecendo seus músculos e deixando-as com um sorriso no rosto, ao qual o Coringa é imune.
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Geralmente frágil, nocauteado com um soco, o Coringa, por mais de uma vez, demonstrou a força anormal dos loucos. Neste estado de insanidade, é um combatente hábil, capaz de segurar uma briga contra Batman, e algumas vezes subjugar-lo. O Coringa é inteligente, armando esquemas elaborados e possuindo conhecimentos avançados de química, genética e engenharia.
Sempre com sarcasmos a flor da pele, constroem situações nos quais as vitimas passam a acreditar que elas mesmas tem um percentual de culpa por alguma catástrofe, provocada, claro, pelo Coringa.
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O Coringa também conseguiu sobreviver a inúmeras situações mortais, tendo sido atirado de precipícios, electrocutado, pego em explosões e baleado diversas vezes e sempre voltando.
A lista de atribuições de Coringa é considerada "invejável". Se trata de um sádico, louco, psicopata, psicótico, maníaco e homicida. Porém, acima de tudo, um gênio! Ele tem um elevado conhecimento químico, de engenharia, explosivos e talvez mesmo de psicologia.
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Não se sabe exactamente de qual tipo, mais Coringa tem um certo conhecimento de artes marciais. Ele tem uma estrutura corporal superior, sendo mais flexível, resistente e forte. O que faz o Coringa ser um tanto invejado por Batman, é algo que nenhum outro vilão seu faz, que é sorrir diante de um fracasso ou de uma derrota; e isto é algo que Batman nunca consegue compreender realmente, causando também uma certa obsessão pelo vilão.
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Certa vez, o Coringa tentou espalhar o gás do riso com um dirigível, dizia ele: "Eu vou por um sorriso na cara da sociedade!". Seus planos foram impedidos pelo Batman, que fez o dirigível cair no rio Gotham. O Coringa voltou a sua camisa-de-força para Arkham.
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A mente de Coringa é algo tão complexo quanto se pode imaginar. Ele nunca é capturado definitivamente, e sua personalidade e suas maneiras de proceder, que são únicos, diante de uma situação são que fazem dele um vilão que tem mais fãs do que muitos super-heróis."
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http://br.geocities.com/romancepbm/1414972498_ee568bdea5_o.jpg
Clique aqui, é genial. Uma página onde o Coringa faz um monólogo.
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"A Piada Mortal
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Uma possível origem do Palhaço do Crime foi contada na Graphic novel intitulada Batman: A Piada Mortal, de 1988. Escrita por Alan Moore e desenhada por Brian Bolland, é considerada uma das melhores histórias de super-heróis já escritas. Nela acompanhamos a origem do personagem sendo contada através de flashbacks. Após fugir do Asilo Arkham, o Coringa decide provar ao Batman que basta apenas um momento de intensa pressão psicológica para que um indivíduo escolha a loucura como meio de subjugar uma realidade de intenso sofrimento. Para isso o Coringa e seus comparsas invadem a casa do Comissário James Gordon, para sequestrar-lo. Além disso o Coringa dá um tiro na barriga da filha do Comissário, Barbara Gordon, a Batgirl, deixando-a incapacitada, em seguida ele a violenta sexualmente (sugerido pelos autores) registando tudo em fotos.
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Posteriormente o Coringa leva o Comissário a um parque de diversões macabro e o coloca numa montanha-russa que circula em meio a projeções de fotos de sua filha sendo violentada. Com isso ele tenta provar sua tese, deixando Gordon louco. Após intervenção do Batman, salvando Gordon e prendendo o Coringa, sua tese não é concluída objectivamente, pois Gordon não enlouqueceu, apesar de toda a pressão a que fora submetido. Isso levanta a questão: Por que será que alguns escolhem a loucura como subterfúgio de uma realidade massacrante (como o Coringa e o próprio Batman), e outros não? O final da inquietante Graphic Novell, se dá com uma piada contada por Coringa ao Batman. "Dois Loucos fugiram do asilo, mas teriam que atravessar um precipício para finalmente conseguirem escapar, nisso um fala para o outro: -Vamos lá, eu acendo a lanterna e você atravessa por cima do feixe de luz. E o outro responde: - Você acha que eu sou louco??? Vai que você apaga a lanterna e eu caio lá embaixo!" Batman e Coringa gargalham juntos e se abraçam."
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"In Batman: The Killing Joke, the Joker shoots Barbara Gordon (then known as Batgirl and in later comics as Oracle), rendering her a paraplegic. He then kidnaps Commissioner Gordon and taunts him with enlarged photographs of his wounded daughter being undressed, in an attempt to prove that any normal man can go insane after having "one really bad day." The Joker ridicules him as an example of "the average man," a naïve weakling doomed to insanity. The Joker fails in his attempts to drive Gordon insane, because Batman saves the commissioner. Although traumatized, Gordon retains his sanity and moral code, urging Batman to apprehend the Joker "by the book" in order to "show him that our way works." After a brief struggle, Batman tries one final time to reach the Joker, offering to rehabilitate him. The Joker hesitates and considers the idea, but ultimately refuses, saying it's too late for him and that he's too far gone, but shows his appreciation by sharing a joke with Batman (at which Batman actually laughs) and allowing himself to be taken back to Arkham.[21]
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The Joker murders Jason Todd, the second Robin, in the story A Death in the Family. Jason discovers that a woman who may be his birth mother is being blackmailed by the Joker. She betrays her son to keep from having her medical supply thefts exposed, leading to Jason's brutal beating by the Joker with a crowbar. The Joker locks Jason and his mother in the warehouse where the assault took place and blows it up just as Batman arrives. Readers could vote on whether they wanted Jason Todd to survive the blast. They voted for him to die, hence Batman finds Jason's lifeless body. Jason's death has haunted Batman ever since and has intensified his obsession with his archenemy.[12]"
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Comentário: O Coringa se destaca como arqui -rival do Batman não apenas por ter matado mais de 2.000 pessoas desde sua primeira aparição, mas também porque sua obssessão pelo vigilante mascarado é sua grande motivação para cometer os crimes. O Coringa não quer dinheiro, conforto ou fama. Ele não quer tudo quanto desejam a maioria dos vilões. O Coringa quer "ver o circo pegar fogo".
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O vilão não tem passado, sua origem nunca foi confirmada. As digitais não possuem registro e não há nada sobre sua infância. Ternos sem etiqueta, nenhuma casa ou antecedente. Ninguém sabe seu verdadeiro nome. Justamente por isso: O Coringa não possui uma identidade secreta. Ele não é Bruce Wayne, o alter-ego almofadinha de Batman. Ele só tem uma identidade. Terrorista demoníaco; assassino; aberração. Louco.
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Não se admite louco porque possui uma lógica própria que dá sentido a suas ações e assim se parece muito mais com um fanático do que com alguém insano realmente. Por trás do palhaço há uma defesa ideológica de um senso novo de liberdade perversa, o caos. O Coringa é um fanático agente do caos. Parece com algum tipo de religião pra ele.
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O Coringa é como um dos cavaleiros do apocalipse, um cruzado do caos. Sua mensagem é seu grande fardo. Ele age como um messias, explodindo gente, envenenando, desiludindo e ferindo para alcançar o ponto onde as pessoas quebram. O grande cinismo do Coringa é que sua pintura de guerra é a de um palhacinho.
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"En el cómic Batman: Arkham Asylum, de Grant Morrison y Dave McKean, se explica, en cierto modo, cómo funciona la mente del Joker: Está más allá de cualquier tratamiento psiquiátrico. Es un superdotado con un enorme potencial intelectual. Su cerebro recibe demasiados impulsos y no puede parar de recibir información. Es decir, es demasiado consciente del mundo que le rodea. Esta "superconsciencia" hace que su única forma de protegerse sea reinventarse cada día. Por eso un día es un bufón, otro día un psicópata. Su retorcido sentido del humor, su lógica oblicua y sus bromas de doble sentido completan ese cuadro mental que se centra, única y exclusivamente, en Batman. El joker, según esta obra, opina que Batman es también un demente y que debería estar con él en el hospital psiquiátrico Arkham. Es cierto que en muchas obras se ha especulado acerca de la fina línea que Batman no cesa de cruzar y que separa la razón de la locura."
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Vê-se na posição de um vanguardista. Crê que tudo é caos, que no fim cada um luta para salvar a própria pele e, portanto, crê que o amor só existe através da admiração de sua própria experiência individual. Ele é um vanguardista do amor próprio. O Coringa ameaça ter uma beleza como personagem mas logo cai na desesperança e na feiúra de um egocentrismo profundo.
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O Coringa existe pela única razão de atormentar e corromper Batman. É o arquétipo da contraposição do herói, e abraça essa natureza de forma pacífica. Ele compreende muito melhor sua missão do que o próprio Batman, que vive em conflitos.
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Batman e Coringa são representações antigas, enculcadas em cada um de nós. Nossos ancestrais contavam histórias em volta de fogueiras. Hoje em dia os velhos não fazem mais isso e os jovens não estão mais interessados, a televisão é quem narra os poemas épicos. Mas o que guardam em comum essas narrativas do herói e do vilão desde sempre? Que tipo de identidades temos com elas?
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Para mim Batman e Coringa representam lados opostos em nós mesmos. Batman chama pelo dever para com os outros, para nossas tormentas morais internas, para nossa capacidade de sacrifício. Batman nos conclama a irmos na direção daquilo que há de mais épico em cada um de nós. E olha que eu não vou com a cara dele.
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O Coringa por sua vez é o que temos de louco, egoísta e libertador. Há um curinga em cada baralho, a carta do acaso. E há um Coringa em cada um de nós, um relance, um lapso, uma atitude. Se você procurar entender o Coringa dessa forma você possivelmente vai sacar porque ele gosta de explodir coisas. Ele não tem conflitos porque cria sua própria realidade e lhe basta que faça sentido para si próprio. Vê batman e a si próprio como iluminados, aberrações para a sociedade por estarem acima do homem comum.
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Batman e Coringa são tão complementares que disputam moralmente uma alma. O resultado é a síntese de seu conflito, uma expressão física do antagonismo entre herói e vilão. É por isso que o Duas-Caras sempre foi um vilão menor: ele é o filho da disputa de dois algozes maiores.
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Duas Caras:
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Wiki: Duas-Caras um dia foi Harvey Dent, promotor de Gotham City e aliado próximo de Batman. Após ter sua face criminosamente desfigurada com ácido, Dent tornou-se o insano chefe do crime Duas-Caras que escolhe entre o bem e o mal dependendo dos resultados do lançamento de uma moeda — um artifício usado na versão de 1932 do filme Scarface.
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Originalmente, ele era um dos vários vilões baseados em artifícios, aplicando crimes baseados em torno do número 2, como roubar o Segundo Banco Nacional de Gotham as 2 horas do dia 2 de fevereiro. Nos anos recentes, escritores descreveram essa obsessão pela dualidade e sua tendência ao crime como resultado de de uma disordem de multipla personalidade e uma história de abuso infantil. Ele obsessivamente faz todas decisões importantes lançando uma moeda com duas caras, uma totalmente deformada.
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Em outra história contava o seguinte, o Coringa foi preso e acusado pelo promotor Harvey Dent. Os dois estavam conversando na sala de interrogatório, o Coringa falou: "Um dia, Harvey, você ainda vai mostrar seu lado criminoso!". Na noite seguinte, o Coringa escapou e fugiu para as fábricas de químicas das Indústrias Wayne, Harvey e Batman perseguiam-no lá dentro. De repente, o Coringa atira em um barril de gasolina, a explosão do barril atinge metade da face de Harvey, deixando com o rosto desfigurado.
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Sobre Duas-Caras não há muito que seja importante além da curiosidade de que ele representa a paralisação diante do conflito. Tudo se decide na sorte, inclusive suas próprias ações. Entre a loucura e a sanidade; entre o bem e o mal; entre Batman e Coringa há o Duas-caras; o acaso, a circunstância.
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Entre você e um defunto, para o Duas-Caras há apenas sorte. Ele não pretende mais controlar seu próprio destino, mas joga cara ou coroa para decidir suas próprias atitudes. Sem dúvida ainda mais insano que o Coringa, mesmo que não tenha tanto a nos dizer. O Duas-caras é metade Batman e metade Coringa e é por isso que vê-lo é tão insuportável. Ele representa a não solução de nossos conflitos, quando não conseguimos nos decidir qual dos dois ser.
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De repente isso não te lembrou "O retrato de Dorian Gray"?
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É Batman quem se olha.
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Concluo meu discurso sobre super heróis com um quadro de família perfeito. Foi essa imagem que me fez comerçar a falar nisso tudo, lá atrás.
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Mesmo que sempre me seja tentador colocar imagens onde o vilão leva a melhor e que na maioria das vezes eu realmente torça por esse final, que também seria bonito...
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...no caso do Coringa, mais especialmente que em todo o resto...
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...o vilão nunca pode vencer.
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Ou o chato do Batman perderia o sentido, não é mesmo?
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O Coringa vive para lutar outro dia.

6 comentários:

  1. Bravo !!!

    Trilogia complexa (como todas deveriam ser, rs).

    Meus respeitos, Senhor.

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  2. Não estou num dia muito bom para argumentar, mas não é à toa que Arlequina vislumbra que a única solução para ficar com seu "pudinzinho" é matar o Batman de uma vez por todas. ;)

    Beijos, Senhor.

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  3. Não é a toa que o Coringa é de longe o melhor vilão já criado nas histórias em quadrinhos chegando até a ter suas possiveis cópias (ou tentativas) com personagens como o Duende Verde, Carnificina,Dentes de Sabre Deadpool...bom, pode ser besteria essas comparações mas que esses personagens forma inspirados nele, ah, isso foram...

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  4. Gostei....
    Não sou nenhuma conhecedora de quadrinhos...tudo que conheço é através dos filmes...E nesse ultimo filme do Batman, cujo o Coringa do Ledger fez mais sucesso, pude perceber que o Cringa é totalmente insano, só que dessa vez ele não utilizou a gás da risada dele...lele é muito louco e como maioria dos louco, inteligentissimo, ele simplesmente gosta de matar...e de testar as pessoas psicologicamente...e tenho uma super curiosidade de sabe rsobre o passado dele....e o Duas Caras..esse sim, eu acho que pirou depois que viu o rosto dele..talvez ele fosse muito vaidoso rsrs...no filme a historia é um pouco diferente da que vc contou aqui...mas mesmo assim acho que ele pirou por ficar desfigurado......
    Já falei demais..

    bom 2009...

    beijos

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