terça-feira, 28 de outubro de 2008

Nossos devidos lugares.


Não por culpa tua ou minha, é dado que nosso papel sexual possui simbologias de poder enquanto o de uma mulher possui simbologias de não poder. Associamos mentalmente o papel do violador à força e o da mulher a de receptora de nosso peso.

Poderia discutir longamente as razões histórico-culturais que fizeram o mundo ser assim ou lamentar sinceramente as desigualdades de gênero e a injustiça que é sermos uma sociedade de macacos racionais que se organizam a partir do patriarcalismo.

Olha, sinceramente, eu sinto muito por todos os estupros, agressões, limitações de direitos e opressões contra as mulheres. Lamento pelo que se estabeleceu desde a pré-história e gostaria de viver em um mundo justo onde os passarinhos cantassem enquanto anjinhos tocassem harpa.

Não é o caso, portanto, vamos aos negócios.

Sem discutir amiúde as razões, meu instinto é Dominar e o de minha submissa é sentir-se acolhida por ser minha posse. Eu gosto disso e ela gosta. Você, por estar aqui, possivelmente gosta também.

O papel da submissa é entender aspectos superiores da Dominação masculina. Quais são nossos símbolos, nossos códigos, nosso procedimento. Entender os mecanismos que nos despertam. As mulheres médias não investigam o universo masculino adequadamente e não tem a menor idéia de quais sejam nossos conflitos. E portanto, nossa beleza.

A submissão feminina, da gueixa oriental à dona de casa latino americana confunde-se com uma aceitação sexual desse papel. Vivemos em uma sociedade em que nosso sexo determina boa parte de nossas possibilidades e vivências. É lógico que existem mulheres que refutam completa ou parcialmente essa aceitação. Elas não me importam aqui, uma vez que pretendo falar da beleza contida naquelas que abraçam a vocação pessoal de serem protegidas por nós.

Por isso não há prazer maior para um homem como eu do que me sentir aceito como Dono, como mão forte e protetor de minha pequena vadia. O elo mais poderoso que pode existir entre eu e essa mulher é ver meu comando ser respondido com seu afeto e aceitação infinitas.

Que simbologias lindas há em minha cadela quando ela está de quatro para mim. Quando me abre as pernas ou quando eu lhe dou uns tapas e reafirmo esse elo. Quanta beleza está criptografada na sua aceitação servil de tudo quanto lhe imponho. O que está oculto entre nós dois quando eu a uso para me satisfazer é entendido apenas por nossas almas.

Sexo é violação. Sexo é poder.

Há profundidade e sentimento escondido nas entrelinhas do meu sorriso cínico em ver aquela mulher rendida e minha. Isto ultrapassa qualquer humilhação: é elo de confiança.

Há um devido lugar para cada um de nós. E esta mulher iluminada entende isso. Santa puta. Por entender seu papel diante de mim e do que eu represento, ela se eleva entre os seres e atinge um nível místico de integração com meu ser.

Ela não se revolta. Ela coopera.

Porque é vadia.

Porque é minha.

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